Vivos em La Paz

Cinco dias depois, muito pra contar.

Depois do último post aqui fomos jantar com Antoine, uma Chuleta acompanhado de algo que parecia arroz, batatas fritas e salada. Foi quando resolvemos desistir da comida local. Junto com a comida pensamos em pedir uma cerveja mas Antoine disse que preferia uma fanta já que da última vez que bebeu em sua viagem ficou completamente alucinado e se aproveitaram dele. Terminada a fanta, voltamos para o hostel e dormimos.
No dia seguinte visitamos o famoso Cristo de la Concordia, bem interessante até. Eles copiaram o nosso Cristo, o nosso Bondinho do Päo de Açúcar e fizeram uma coisa só. É maior do que o nosso Cristo e pode-se entrar nele, lá de cima se tem uma visäo privilegiada de toda a cidade de Cocha.
Depois disso demos mais umas voltas pela cidade e pegamos nosso ônibus para La Paz às 22:00, o ônibus era tranquilo.

Depois de 10h de viagem chegamos à La Paz às 8:00. Fazia um frio absurdo, algo em torno dos 5 graus. Fomos, tremendo, até o ponto pegar um táxi para o Hostel Austria. Porém, ao chegar lá nos deparamos com um cenário um tanto quanto estranho. Umas tábuas que cobriam metade da porta do hostel diziam "ESTE HOSTEL NÄO TEM AUTORIZAÇÄO DE SEUS PROPRIETARIOS". Pensamos por 10 segundos e decidimos por ficar em outro hostel, logo em frente, Hostel Señorial. Näo é mal até, tem água, realmente, quente nos chuveiros, algo que näo tínhamos experimentado até aqui. Mas eles säo muito desconfiados, acham que vamos fugir sem pagar a todo momento, muito estranho.

Chegamos e fomos dormir até meio-dia, quando acordamos e fomos ao Mercado de las Brujas. Tudo muito bem até alí, eu me sentindo garotäo sem sentir nenhum efeito da altitude. Quando voltamos ao hostel deitei na cama e näo levantei mais, passei dois dias deitado na cama sem levantar para nada, sem comer nada. Só levantava pra vomitar. Febre alta, dor de cabeça, tontura, vômito, sangramento no nariz, foram alguns dos sintomas que tive durantes esses dois dias. Até entäo, o Guilherme näo sentia nada. Já tínhamos, inclusive, comprado passeios para Tiwanaku no o dia seguinte e Chacaltaya no outro. Eu estava muito mal e näo pude ir à Tiwanaku, mas o Guilherme foi e gostou bastante. Porém, ao voltar do passeio começou a sentir os efeitos da altitude, sentiu exatamente os mesmos sintomas que eu. Já havíamos desistido de ir à Chacaltaya, nem botamos o relógio para despertar, mas quando a van chegou e nos chamaram no quarto resolvemos arriscar o resto de vida que tínhamos para subir uma montanha nevada de 5.430m de altitude, 2.000m a mais do que em La Paz. Eu já estava quase bem, mas Guilherme sentiu muita dificuldade para subir a montanha e, ao descer, sentiu muita falta de ar e tonturas. Foi nessa hora que um grupo de baianos que ele havia conhecido em Tiwanaku chegou e o ajudou, com umas técnicas de toques em pontos vitais muito loucas, o que facilitou sua respiraçäo e o fez, por mais incrível que pareça, sentir-se melhor por algum tempo. Depois disso ainda visitamos o Valle de la Luna, e ainda demos uma volta completa pela cidade de La Paz.
Voltando ao hostel, Guilherme voltou a se sentir mal e logo se deitou enquanto eu ainda fui jantar em um restaurante internacional que tive a sorte de achar bem próximo ao nosso hostel. Foi nesse mesmo restaurante que almoçamos hoje depois de acordarmos nos sentindo bem melhor.
Já compramos nossa passagem para Copacabana, às margens do Lago Titicaca. Saímos às 8:00.

Tivemos muito pouco tempo para escrever este relato porque a Lan House aqui já tá fechando, na verdade já era até pra ter fechado. Por isso resumimos muito tudo e o texto pode näo estar täo bom, compensaremos na próxima. Quando entrarmos em um computador com conexäo decente, botaremos mais fotos. É extremamente difícil botar fotos ou vídeos no blog porque aqui a internet ainda funciona na base da lenha.

Adios muchachos!

André e Guilherme

3 comentários:

Meninos, Parabéns!!!



Leitura deliciosa. Dá vontade de estar com vcs.



Vou engrossar o coro de: "Cadê as fotos?” Estamos com saudades, coloquem fotos para “matarmos” ela.



Guilherme, cuidado com a pimenta! Pode não ter sprite na próxima. rsrs



Voltarei todos os dias para ter notícias. . .



PS.: André, saiu um DVD “Fluminense Campeão da Copa do Brasil 2007 Tricolor”, vou comprar para vc.



Bjs, Cila (Tia) e Pedro (Primo)

22 de janeiro de 2008 às 00:40  

caralho.. fiqei nervoso lendo isso ai agora
comeh q voces sobem 2000 metros passando mal por causa da altitude.. voces sao locos cara
mas devem ter feito a coisa certa.. eu nao faria isso
q loucura essa viagem de voces..
boa sorte

22 de janeiro de 2008 às 15:45  

Oi mochileiros !

Desta vez quem está escrevendo sou eu mesmo, Roberto Ferreira, e não a Marise usando o meu endereço do GMail.

Apesar das dificuldades e talvez também graças a elas, a aventura deve estar muito boa. Se todos os ônibus fossem de luxo e os hosteis de cinco estrelas, qual seria a graça?...rsrsrss

Sigam em frente, curtam, mas não marquem bobeira. Nessas andanças a gente conhece muita gente legal, mas também aparecem muitos pilantras se passando por gente boa.

Portanto, ousem mas não arrisquem. Espírito de aventura é excelente, imprudência é uma merda.

Até hoje adoro contar que, há 30 anos, estive no alto do Aconcágua. E se posso contar isso é porque, por mais porra-louca que eu fosse na época, dormia com um olho fechado e outro aberto. E respeitava meus próprios limites físicos.

Estou lendo os textos e viajando junto com vocês pelo blog, que está muito bom. Está sendo escrito com sentimento e numa linguagem muito clara e acessível a todos.
Parabéns !!!!

Pra finalizar, engrosso o coro de: "Cadê as fotos?"

Fotografem gente. Crianças, adultos, velhos. Brincando, trabalhando ou dormitando ao sol.
Paisagens são maravilhosas, mas as pessoas que as habitam é que lhes dão alma.

E recolham histórias pra contar pros netinhos...rssss

Boa viagem e excelente regresso.

Grande abraço pra vocês,
Roberto

23 de janeiro de 2008 às 22:01  

Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial